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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fogo destrói Teatro Villa-Lobos no Rio


Do Último Segundo

Os bombeiros concluíram na manhã desta quarta-feira (7) o combate ao incêndio que começou ontem à noite no Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

De acordo com a corporação, as estruturas do prédio foram gravemente abaladas e houve "praticamente perda total" do edifício de quatro andares, localizado na Avenida Princesa Isabel.

Após o trabalho dos bombeiros, o prédio foi entregue à Defesa Civil para a realização da perícia. O incêndio teve início por volta das 23h20 no teatro, que estava fechado para obras. Ninguém ficou ferido, e as causas do incêndio ainda eram desconhecidas até a manhã de hoje.

Um dos principais palcos do Rio, o Teatro Villa-Lobos foi inaugurado em 1979. Batizada em homenagem ao maestro Heitor Villa-Lobos, a casa possui três salas para apresentações. O espaço é administrado pela Funarj, órgão vinculado à Secretaria do Estado de Cultura.

Recordações do RA

Mais um pedaço importante da minha vida de carioca acaba de desaparecer. Depois dos cinemas (praticamente todos), do Canecão e do Maracanã (que vai se transformar em outro estádio), chegou a vez do Teatro Villa-Lobos, onde assisti diversas peças e shows inesquecíveis nos gloriosos anos 1980.

Na época, era um dos melhores teatros do Rio, moderno, confortável, bem equipado e muito luxuoso, se comparado, por exemplo, ao Carlos Gomes, ao Casa Grande e ao Tereza Rachel. Só perdia, é claro, para o Municipal e rivalizava com o João Caetano, depois que este passou por uma grande reforma também na mesma década.

No Villa-Lobos, tive o privilégio de assistir, por exemplo, "Pato com Laranja", que inaugurou o teatro em 1979, com Paulo Autran e Marília Pera, e a antológica "Rasga Coração", do grande Vianinha, com Raul Cortez, Vera Holtz e Lucélia Santos.

Agora, depois do incêndio e do prejuízo de R$ 2 milhões, só resta o de sempre, chorar sobre o leite derramado, ou melhor, sobre as cinzas espalhadas pelo que restou do palco onde, durante mais de 30 anos, pisaram muitos dos principais nomes do teatro brasileiro.

Publicado no Resende Afora.

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