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domingo, 23 de maio de 2010

Impostos, impostos e mais impostos


Da Época Online

O publicitário Eduardo Lopes, de 27 anos, trabalhou duro para realizar um de seus sonhos de consumo: comprar um Corolla 2.0, automático, zero-quilômetro, de R$ 75 mil. Há um mês, ele trocou seu Fiat Idea, comprado em 2008, pelo sedã da Toyota, o carro mais vendido no mundo, em uma concessionária de Goiânia, onde mora.

Deu de entrada seu Idea, avaliado em R$ 32 mil, e pagou R$ 43 mil à vista. Para comprar um carro que custa 15 vezes sua renda média mensal, de R$ 5 mil, Lopes usou uma poupança de R$ 25 mil, formada durante dois anos à base de economias e alguns trabalhos extras. "Eu poderia partir para um carro popular, que é bem mais barato, mas gosto de conforto e acho que mereço", diz.

Em comparação com o preço cobrado pelo Corolla em outros países, Lopes pagou uma pequena fortuna. De 13 países pesquisados por ÉPOCA, o Brasil é onde ele custa mais caro (leia o quadro abaixo).


Para ampliar, clique na imagem

Nos Estados Unidos, o carro é vendido por R$ 32.800 (US$ 19 mil), menos da metade do preço daqui. Na China, por R$ 37.100. No México, por R$ 37.200. Na Alemanha, por R$ 50.700. O preço médio dos 13 países é de R$ 45.800, 60% do preço nacional. A diferença, de quase R$ 30 mil, poderia ter servido para Lopes fazer uma série de outros gastos – ou poupar mais.

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2 Comments:

At 23/5/10 20:23, Blogger Godrius said...

Por isso que eu defendo a idéia do boicote.

Se os brasileiros boicotarem determinados produtos de determinadas marcas de expressão, talvez consigamos fazer algum barulho nos ouvidos do governo.

Por exemplo, o Corolla é um carro com alto volume de vendas e se conseguirmos fazer o povo boicotá-lo, com a intenção de fazer o governo reduzir os impostos, certamente a Toyota exigiria medidas do governo para retomar suas vendas. O mesmo poderia ser feito com outros produtos de relevância, como Coca-Cola, Televisores Sony, Computadores Dell, etc.

Detalhe: o povo não precisa parar de comprar, basta boicotar determinadas marcas. Isso faria com que os fabricantes pressionassem o governo, sob ameaças de demissões, fechamento de fábricas, etc.

É meio utópico, mas se o povo se unisse de verdade, certamente teria bons resultados.

 
At 25/5/10 08:22, Blogger Otacílio Rodrigues said...

Concordo, Rodrigo, só mesmo a ameaça de prejuízos econômicos pode levar as fábricas a se rebelarem contra o governo.

Outra forma de pressão seria uma campanha de conscientização como a que acontece hoje em algumas capitais brasileiras: postos vendendo gasolina sem impostos, ou seja, por quase a metade do preço.

 

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