A arte da picaretagem

O caso é mais ou menos assim: o pessoal que administra o site de Madame Roskoff achou por bem fazer uma montagem fotográfica mostrando três fases da vida da candidata do Lula.

A idéia era usar uma foto dela criança (todo mundo já foi criança um dia), uma foto atual e, entre as duas, uma foto representativa de sua tão alardeada (para o bem e para o mal) militância política na juventude.

Muito bem. Procura dali, procura daqui e nada de encontrar a tal foto. Convencidos de que não existia nenhum registro de Madame Roskoff em protestos contra a ditadura, passeatas, assembléias, etc, resolveram, simplesmente, usar a foto de uma outra pessoa razoavelmente parecida com ela nos verdes anos.

E aí, apostando que ninguém iria reparar na fraude, tascaram uma foto da atriz Norma Bengell entre as duas Roskoffs, a menina e a atual. Nesse momento, como sempre acontece aqui no RA, vem a tradicional pergunta que não quer calar: pode uma coisa dessa?

Depois de postar um currículo falso no seu site de ministra do Lula, de negar um encontro (que aconteceu) com uma ex-Secretária da Receita Federal, Madame Roskoff agora quer se passar por Norma Benguell, a Dona Deise do programa Toma Lá Dá Cá. Convenhamos, dá para confiar em gente desse tipo?

O problema é que, depois de tudo isso, não sei se passo a chamá-la de Dilma Benguell ou Norma Roskoff. Cartas para a redação.