Governo Lula é um escândalo contínuo
Parece escandaloso, mas não é. As auditorias do Tribunal de Contas da União constataram que um terço das 231 obras do governo, no valor total de R$ 23 bilhões, está viciado por irregularidades, cujo nome apropriado é corrupção. Toda vez que há auditagem extensa, seja qual for o governo, a norma conclusiva é a comprovação do que se espera das obras governamentais: corrupção grossa; apagar parte do que foi descoberto e transferir o roubo para mais adiante; ministros tão indignados quanto enfortunados, dirigentes idem, e vamos esquecer o azar das descobertas feitas.
Parece escandaloso, mas não é. Lá estão, como destaques nas constatações do TCU, o Dnit e o Dnocs, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. O primeiro é uma invenção do reformismo neoliberal, porque o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, o velho DNER, foi roído pela corrupção até ao último ossinho. O Dnit está sob o ministro Alfredo Nascimento, que só teve oportunidade de aparecer no noticiário, ultimamente, com a ajuda de problemas judiciais.
Parece escandaloso, mas não é. Trata-se apenas de norma que o Dnocs, por sua vez, seja uma sigla para meio século de corrupção, com tantos escândalos que a opinião pública desistiu de escandalizar-se por sua causa. Está sob controle do ministro da Integração Nacional, o deputado Geddel Vieira Lima de quem diziam no Congresso, volta e meia, "Geddel foi às compras" - e lá estava mais um acréscimo patrimonial, com preferência por fazendas, no rol familiar do "anão" de ontem e hoje ministro de Lula. O TCU constatou "irregularidades" em 100% das obras do Dnocs.
O governo Lula parece um escândalo contínuo. E é.
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