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segunda-feira, 17 de abril de 2006

JB passa a ter dois formatos

Do site Comunique-se

Duas edições em formatos diferenciados: berliner para as bancas e standard para os assinantes. A anunciada reforma gráfica do Jornal do Brasil entrou em vigor ontem, mas só na capital, já que - pela primeira vez em muitos e muitos anos - Resende não recebeu a edição de domingo do JB. O responsável pelas modificações é Amauri Mello, diretor de conteúdo e convergência de mídia do jornal, que está na empresa há apenas cinco meses. Ele garante que o fato de a edição diária ser rodada em dois formatos não trará prejuízos financeiros. “Foi uma operação bem administrada”, diz.

O objetivo principal do JB com essas inovações é conquistar novos públicos com uma edição mais prática. O formato berliner (47 cm por 31,5 cm), menor que o jornal convencional e maior que o tablóide, vem sendo usado com sucesso na Europa por ser moderno e fácil de manusear. “A idéia é praticidade para as bancas e conforto para os assinantes”, enfatiza Amauri Mello.

Em setembro de 2004, o The Guardian, um dos principais jornais da Grã-Bretanha, foi relançado com o tamanho berliner. Na mudança, foram investidas 80 milhões de libras esterlinas. O objetivo era retomar leitores perdidos para o The Independent e para o The Times, quando ambos passaram a publicar suas edições no formato tablóide em 2003.

Os jornais ingleses que migraram do tradicional formato standard tiveram aumento na circulação. Coincidência ou não, o The Telegraph, que não mudou, tem registrado uma considerável queda na circulação. A direção do The Independent, o primeiro a adotar o formato menor, publicou em seu editorial que a mudança salvou o jornal e trouxe leitores mais jovens.

Já nos Estados Unidos a situação é um pouco diferente. Os jornais em formato standard dominam o mercado e os poucos que alternaram para os compactos não foram bem sucedidos. Em geral, a maioria dos que utilizam a edição tablóide são os considerados sensacionalistas.

Vinte jornalistas foram contratados para reforçar a redação do Jornal do Brasil, que tem hoje 215 profissionais (este número inclui as sucursais, as revistas e os colunistas). Para Amauri Mello, o JB está em uma fase positiva, procurando construir uma redação de qualidade. “Queremos provar que o JB é o jornal do amanhã”.

A direção do Jornal do Brasil informa também a reestruturação da versão online, que está temporariamente fora do ar. Seguindo a onda dos outros jornais de grande circulação, o JB agora vai disponibilizar na íntegra, para assinantes, todas as matérias da edição impressa. Segundo Amauri Mello, o principal objetivo do site é buscar a valorização do internauta, através do novo canal JBnauta. “Será um espaço para receber e hospedar os conteúdos gerados pelos nossos leitores. Queremos que eles influenciem diretamente no nosso conteúdo impresso”.

Concluindo, Amauri Mello enfatiza que o público-alvo do JB continua sendo os leitores das classes A e B. “Nós somos quality paper e continuamos sendo concorrentes de O Globo”. Em 2006, o Jornal do Brasil completa 115 anos de fundação.

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