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sábado, 6 de agosto de 2005

Dia 6 de agosto de 2005

Há exatos 60 anos a cidade de Hiroshima, no Japão, era devastada por uma Bomba Atômica. Calcula-se 140.000 (cento e quarenta mil) mortos em poucos segundos. Na sua maioria crianças e mulheres. Posteriormente, outros milhares viriam a morrer sob os efeitos da radiação.

É assustador saber que alguns países insistem em preservar 16.000 bombas, com poder de destruição ainda maior que as lançadas em Hiroshima e Nagasaki.

POR QUÊ?

Será que a experiência vivida no Japão não foi suficiente?

Este poema é antigo e muito conhecido, contudo, inspira reflexão sempre atual. Reflita...

A Rosa de Hiroshima (Vinicius de Moraes)

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas,
Pensem nas meninas
Cegas inexatas,
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas,
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas.

Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa, da rosa!

Da rosa de Hiroshima,
A rosa hereditária,
A rosa radioativa
Estúpida e inválida,
A rosa com cirrose,
A anti-rosa atômica.
Sem cor, sem perfume,
Sem rosa, sem nada.

Um abraço,

Fernando Menandro.

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