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quarta-feira, 29 de junho de 2005

Programa do Jô também lucra com o mensalão

O Programa do Jô, que andava ruím das pernas há um bom tempo, deu uma revigorada com a crise política provocada pelo escândalo do mensalão. Os convidados das últimas duas noites fizeram com que muita gente fosse para a cama mais tarde, sacrifício que deve se repetir também hoje, com a presença no programa da ex-secretária do maleiro Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio. Segunda-feira (dia 27), quem esteve por lá foi o deputado federal Fernando Gabeira que, como sempre, esbanjou lucidez e coragem ao afirmar que acredita na culpa do antigo companheiro José Dirceu. Ontem (terça, dia 28), o programa surpreendeu: ao invés de um convidado por vez, Jô abriu os trabalhos sentado entre quatro jornalistas, todas mulheres. De um lado, Ana Maria Tahan (do Jornal do Brasil) e Lúcia Hippólito (da CBN); do outro, Tereza Cruvinel (de O Globo) e Cristiana Lobo (da Globo News). Ao longo dos três blocos (é, o programa foi todo assim) Jô bem que tentou botar ordem na casa, mas, sob fogo cruzado, só conseguia pedir calma às entusiasmadas "meninas", que falavam o tempo todo, todas ao mesmo tempo. Mesmo assim, pela cultura política, pela competência, pela inteligência e pelo conhecimento das artimanhas dos nobres congressistas, as convidadas fizeram bonito, contando histórias e esclarecendo questões hilariantes, como as diferenças fundamentais entre baixo e alto clero (de acordo com Lúcia Hippólito, os deputados do alto clero sentam nas primeiras filas e usam ternos caros e discretos, enquanto que os do baixo clero sentam no fundo e adoram paletós de cor laranja). Hoje, pode ser que a charmosa Fernanda Karina ponha fim a uma dúvida que paralisa a nação: ela aceitará ou não o convite da Playboy para aparecer nua na revista? É o Grande Circo Brasil, mais uma vez, de volta à estrada.

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